Quando o Corpo Grita o que a Mente Silencia
- Denise Menna Barreto
- 26 de mai.
- 1 min de leitura
Você já sentiu um cansaço que não tem explicação? Uma dor persistente que os exames não conseguem justificar? Às vezes, o que não conseguimos dizer em palavras, o corpo tenta expressar em sintomas.
Na prática clínica, é comum encontrar pessoas que sofrem com dores de cabeça frequentes, insônia, gastrite, tensões musculares ou crises de ansiedade que surgem “do nada”. Mas raramente é do nada. O corpo fala — e muitas vezes ele grita — quando a mente está sobrecarregada de emoções que não foram compreendidas, nomeadas ou acolhidas.
O sintoma como
A psicanálise entende o sintoma não apenas como algo a ser eliminado, mas como uma linguagem. Ele carrega algo que não encontrou outra forma de se manifestar. Pode ser tristeza reprimida, raiva negada, medo antigo, frustração acumulada.
Ignorar o sintoma físico sem olhar para o que ele está tentando dizer é como desligar o alarme sem apagar o incêndio.
O papel da escuta
O espaço terapêutico é onde essa escuta se torna possível. Um lugar onde o sintoma pode ser investigado com cuidado, sem pressa, e onde o paciente pode se conectar com partes de si que estavam adormecidas ou caladas.
Ao colocar em palavras o que antes só se manifestava no corpo, muitas pessoas experimentam alívio, clareza e um novo senso de equilíbrio.
Você não precisa suportar tudo sozinho(a)
Se você tem carregado um mal-estar persistente que não consegue explicar, talvez seja hora de escutar o que o seu corpo vem tentando dizer.
A psicoterapia pode ser esse caminho — não para silenciar os sintomas à força, mas para compreender sua origem e devolver à mente o espaço de fala que ela merece.
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