top of page

Como a Psicanálise Pode Ajudar Crianças a se Expressarem Além das Palavras

  • Foto do escritor: Denise Menna Barreto
    Denise Menna Barreto
  • 26 de mai.
  • 2 min de leitura

Nem sempre uma criança consegue dizer com clareza o que está sentindo. Às vezes, em vez de dizer “estou triste”, ela se cala. Em vez de “estou com medo”, ela se agita. Em vez de “me sinto sozinho”, ela adoece repetidamente.


O sofrimento emocional na infância, muitas vezes, se manifesta em comportamentos, atitudes ou sintomas físicos — não em palavras. E é justamente aí que a psicoterapia infantil entra: criando um espaço onde a criança pode se expressar do seu jeito, no seu tempo.



Brincar também é falar


Na psicanálise, o brincar é levado a sério. Brincar é a linguagem simbólica da criança. É por meio do jogo, do desenho, da fantasia e até do silêncio que ela mostra aquilo que, por enquanto, não consegue nomear.


No ambiente terapêutico, essas manifestações não são corrigidas ou julgadas. Elas são acolhidas e escutadas com atenção. O terapeuta observa, interpreta e ajuda a criança — de forma sutil e respeitosa — a dar sentido ao que está sentindo.



A música como ponte


Em algumas situações, também é possível utilizar a música como recurso complementar. Sons, melodias ou instrumentos simples podem funcionar como canais simbólicos para que a criança acesse afetos que ainda não estão prontos para virar palavras. A música pode ser ponte, respiro, ou tradução emocional — e isso é valioso no processo terapêutico.



A importância de um espaço seguro


Mais do que encontrar respostas imediatas, a terapia infantil propõe um espaço onde a criança possa ser ela mesma. Um lugar onde ela possa confiar, brincar, elaborar, se fortalecer.


Quando uma criança é escutada de verdade, ela desenvolve não apenas a capacidade de falar sobre si, mas também de se conhecer e lidar melhor com o mundo à sua volta.

 
 
 

Comentários


bottom of page